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27.9.07

o fim da ilusão. o início da realidade.

A adolescência vai além de hormônios em furia,
é a pior, e a melhor fase pra se viver.
Tudo é infinitamente mais intenso,
dolorosamente mais amargo,
alegremente mais excitante.
O mundo é mais colorido, mas desbota com um estalar de dedos, um não.
É um disco riscado, um bolo solado...
Insistentemente afirmamos o saber do inexistente,
pronunciamos o "pra sempre" e o "eu te amo" com maior constância do que "por favores" e obrigados".
Tudo é tão intenso...
fugas vespertinas, aversão aos progenitores...
Lágrimas. Muitas delas. (Poderia jurar que não cessariam!)
Tudo é tão intenso...
Foi o tempo de só se aprender com os erros, ignorar os conselhos, e rir de quem pensava conhecer o sabor daquele turbilhão de sentimentos que ficavam presos alii em algum lugar, internamente, invisivel aos olhos.
Tudo é tão intenso que a primeira vez é feita por medo do não ter, do não ser, medo do nunca.
O espelho muda constantemente, e as brigas com ele tornam-se rotineiras.
O tempo parece curto para quem tem a vida toda, afinal a vida toda pode ser nada mais do que uma semana.
Tudo é tão intenso, que não há greve que passe sem ficar.
Greve de sono, de fome, de estudo, de palavras trocadas, de amizades.
Greve da normalidade.
É o começo do convívio com as mentiras dissertas.
É o conflito pessoal do não querer ser mais um, e sim, o único.
Tudo é tão intenso que faz a solidão surgir quando não o se faz mais presente.
Tudo é insignificantemente precioso, que no fim das contas só o essencial resta.
Essa essencialidade somos nós, o ser feito do misto do que deixamos pra depois e das insanidades não passageiras.

3 comentários:

Anônimo disse...

"VC" eh infinitamente intensa!



muitos bjosss

Unknown disse...

sweet.

Unknown disse...

msn me...
jayjunkie@hotmail.com.
:)