Ele tem dois olhos grandes,
Atitutes desconfiadas, duvidosas, contraditórias,
Parece viver o tempo que faltou tempos atrás.
Faz tudo leve, sempre lindo.
É inexplicável o que nele vejo:
Defeitos tão irritantemente metódicos,
Mas que são só dele e de mais ninguém.
Como a música que fica, contra a sua vontade.
Se lhe falta modos, a felicidade que irradia
Chega a fazer esquecer o que eu sou,
Fugir as palavras que diria,
E estrear o sabor do novo sem provar.
Foi assim que eu percebi que a gente só gosta ou desgosta quando é neutro,
E não consegue explicar o que sente quando é forte
Ao mesmo tempo em que o odeia por ser tão perfeito,
o adora pela simplicidade dos seus gestos.
Eu quero bagunçar com a minha vida
enquanto você endireita a sua.
Façamos isso juntos, mais de uma vez
Até que fiquemos os dois, misturados,
em sopro, em corpo, em versos.
Um comentário:
Esplendido.... nossa meigo e verdadeiro ... adorei a parte "Foi assim que eu percebi que a gente só gosta ou desgosta quando é neutro"
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