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26.2.10

verbos


Chamo,
Fujo,
Penso...

Sonho,
Embora a falta de esperança seja o mal do novo século.
Canto,
Para dispersar os maus pensamentos.
Escrevo,
Para tentar compreensão aleatória.
Sofro,
Para poder dizer que a vida é intensa.
Choro,
Para provar que estou viva.
Amo,
Até o mundo me provar que devo acreditar no contrário.
Rio,
Qual a outra saida?
Trabalho,
Para ainda poder sonhar.
Sonho novamente,
Até que a realidade me satisfaça.
Durmo,
Querendo não mais acordar.

17.2.10

coração de carnaval

Já não é mais coisa de pele,
é de índole, lealdade...

Situações não irão interferir em suas atitudes,
as minhas sim, serão jeitos e trejeitos decisivos
para que escolha ao meu lado repousar.
Cada tom, cada olhar, cada som,
tudo isso irá contar
para que a química de nossos fluidos
continue em perfeita sintonia
e a batida de nossos corpos
preencham o silêncio com um contínuo cantar.

12.2.10

(paramurilo)


como explicar uma história como a nossa?
cheia de encontros e desencontros,
sorrisos compartilhados,
conselhos, piadas, recados.
muitas desculpas para sequer uma briga.
o excesso de carinho e confiança,
o falar com os olhos,
a admiração, a simultaneidade...

faltou o viver, mas pra isso ainda resta tempo.
todo o tempo do mundo, como diria o poeta.
seja ele qual for, posso citar.
essa história se encaixa em qualquer
conto ou poesia se nela feliz for o final.